quarta-feira, 11 de maio de 2011

Pesquisa revela que carne suína é a menos presente no prato do brasileiro

As razões para o baixo consumo de carne suína vão desde questões culturais até cuidados com a saúde e boa forma, segundo pesquisa da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP) da Universidade de São Paulo (USP). O estudo, da administradora Maria Stella Beregeno Lemos de Melo Saab, revela que o consumidor ainda acredita que o suíno seja criado de maneira inadequada e, por isso, transmita doenças.

A crença em que a carne de frango seja mais saudável por ser mais magra e menos calórica é outro fator para o baixo consumo da carne suína. Além disso, para Maria o consumidor também escolhe a carne de frango, por exemplo, por questões econômicas e acredita que a carne bovina e de frango são mais fáceis e práticas de preparar.

Dados do Anuário da Pecuária Brasileira (Anualpec) mostram que o consumo per capita de carne suína é o menor em comparação com os outros tipos de carne. A partir disso, a pesquisa, orientada pelo professor Marcos Fava Neves, busca entender como se comportam os consumidores de carne suína no Brasil com relação às maneiras e preferências de compra e consumo.

Em relação às atitudes e valores dos consumidores de carne suína e o consumo, a pesquisadora relata que "a relação entre o consumo de alimentos frescos e valores de 'liberdade' e 'hedonismo' mostraram que possivelmente pessoas com esses valores prefiram alimentos mais fáceis e rápidos de preparar a fim de ter tempo disponível para suas atividades de lazer", afirma.
 
Crescimento da Produção

Dentro do agronegócio, a suinocultura é um dos setores que mais têm crescido. De 1999 a 2009, a produção apresentou crescimento de 136%. Só a produção da atividade suinocultura industrial melhorou 21% entre 2002 e 2009. Segundo Maria Stella a cadeia suína brasileira em 2010 contabilizou 30 milhões de cabeças, produção de três milhões de toneladas de carne, geração de 630 mil empregos diretos e indiretos, investimentos no campo e na indústria de R$ 9 bilhões.

A pesquisadora afirma que ser capaz de oferecer ao consumidor final o produto que ele deseja com os atributos que ele quer é a única maneira de expandir o consumo de carne suína no País. "A carne suína é ainda muito pouco consumida no Brasil apesar de ser um item importante na alimentação humana por seu alto valor nutricional, além de, principalmente, apresentar uma alta e crescente produção de boa qualidade no país e de ser bem aceita pela população", conclui.
(Fonte: www. portaldoagronegocio.com.br)

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